Total de visualizações de página

domingo, 21 de agosto de 2011

Beribéri


beribéri é uma doença provocada pela falta de vitamina B1 no organismo, o que provoca fraqueza muscular e dificuldades respiratórias. Uma de suas causas: o fungo Penicillium citreonigrum, que através da liberação da toxina citreoviridina inibe sua absorção. Outras enzimas, encontradas em peixes de rio, também podem causar deficiência de B1.
A doença pode afetar o coração, dando origem a uma cardiomiopatia por deficiência nutricional chamada de beribéri cardíaco.
A cura da doença se dá pela administração da vitamina B1, corrigindo assim a sua carência. São alimentos ricos em tiamina: cereais em grão, leite, legumes, ovos, peixes e plantas e na redução da ingestão do álcool, já que este dificulta a absorção da vitamina. O beribéri é um tipo específico de polineurite.
No tratamento desta doença, vemos a importância de uma intervenção fisioterapêutica cardiorrespiratória, já que o paciente apresenta dificuldades respiratórias devido a alterações musculares, levando o indivíduo a um grande encurtamento muscular que ainda acarreta grandes dificuldades de deambulação e realização das atividades da vida diária. O beribéri é uma doença que se caracteriza por alterações nervosas, cerebrais e cardíacas. Sintomas: As alterações nervosas começam como uma sensação de formigamento nos dedos dos pés, que se torna particularmente intensa à noite, câimbras musculares na panturrilha e dor nas pernas e nos pés. Os sintomas iniciais do beribéri podem incluem a confusão mental, a laringite e a visão dupla.
O beribéri infantil ocorre em bebês que são amamentados por uma mãe com deficiência de vitamina B1, e é caracterizado pela insuficiência cardíaca, pela perda da voz e pela lesão de nervos periféricos, comumente entre o segundo e o quarto mês de vida.
O tratamento consiste na administração intravenosa de vitamina B1 em uma dose 20 vezes superior à QDR durante 2 a 3 dias. Posteriormente, a vitamina é administrada pela via oral.


História
Christiaan Eijkman, um médico holandês, foi o primeiro a demonstrar que o Beribéri é causado por carência alimentar. Seu trabalho e de seu amigo Adolphe Vorderman, em 1897 levou a descoberta das vitaminas. Recebeu um Prémio Nobel em 1929, junto com Sir Frederick Hopkins, embora Vorderman não.
O nome da doença se refere as palavras "não posso, não posso", na língua de Sri Lanka.



Escorbuto


escorbuto (do latim scorbutus) é uma doença que tem como primeiros sintomas hemorragias nas gengivas, tumefação purulenta das gengivas (inchaço com pus), dores nas articulações, feridas que não cicatrizam, além de desestabilização dos dentes. É provocada pela carência grave de vitamina C na dieta.
Há mais de duzentos anos, já se sabia que alguns alimentos eram necessários para manter-nos saudáveis. Percebeu-se, por exemplo, que os marinheiros que ficavam muito tempo no mar acabavam doentes. Esses homens, que consumiam principalmente bolachas e carne de porco salgada, passavam longos períodos sem ingerir folhas ou frutas frescas. Por esse motivo eram atacados pelo escorbuto.
Por volta de 1800, descobriu-se que esse mal poderia ser evitado se fossem acrescentados a sua dieta suco de limão e repolho azedo. Muito mais tarde, verificou-se que esses alimentos contêm grande quantidade de vitamina C e que a ingestão diária de pequenas doses dessa vitamina evita o escorbuto.
escorbuto pode ocasionar ainda inflamações na língua
A vitamina C é importantíssima para o corpo porque ela é um cofator da enzima prolil-hidrolixase, que faz a hidroxilação do aminoácido prolina nas cadeias alfa de colágeno. Essa hidroxilação é tão importante porque aumenta o número de ligações de hidrogênio na molécula e dá maior rigidez ao colágeno, que é a principal proteína estrutural do corpo.

História

Existem registos sobre o escorbuto desde cerca de 1500 a.C, no Antigo Egito; mais tarde,Hipócrates descreveu também a doença. Na Idade Média o escorbuto desempenhou um papel importante em alguns conflitos: o exército de Luís IX de França foi severamente afetado pelo escorbuto nos finais da Sétima Cruzada, evitando a conquista do Egito. Era uma doença conhecida das zonas nórdicas, especialmente durante os Invernos pobres em alimentos frescos.
A doença é melhor descrita, falada, e popularizada nas viagens marítimas do século XVI. Cerca de quatro quintos da tripulação de Fernão de Magalhães foi mortalmente vitimada pelo escorbuto. Vasco da Gama também perdeu grande parte da sua tripulação, cerca de dois terços, na viagem de descoberta da via marítima para a Índia.
O explorador francês Jacques Cartier quase falhou a sua missão de exploração do rio São Lourenço quando a sua comitiva adoeceu, tendo esta sido salva pelos ensinamentos médicos dos povos ameríndios; estes usavam uma infusão de cedro, rica em vitamina C, para curar o escorbuto. Foi estimado que cerca de um milhão de marinheiros sucumbiram ao escorbuto nos séculos XVII e XVIII.
Em 1747, o cirurgião escocês James Lind conduziu uma experiência, considerada como o primeiro ensaio clínico registado na história da Medicina. A bordo do navio HMS Salisbury, Lind dividiu um grupo de doze marinheiros afectados pelo escorbuto em diferentes grupos, que receberam diferentes formas de terapia. O grupo com acesso a laranjas e limões recuperou da doença. Lind publicou os seus resultados em 1753, mas a introdução de sumo de limão ou lima na dieta dos marinheiros britânicos só surgiu cerca de quatro décadas mais tarde, por decisão do almirantado britânico em 1795.
O escorbuto existe ainda na atualidade, não só entre populações sem acesso a uma alimentação equilibrada, mas também nos países desenvolvidos entre a população com baixos níveis de consumo de fruta e legumes frescos. O tratamento baseia-se na ingestão de frutas, legumes e vegetais frescos e administração de vitamina C.
O escorbuto era conhecido na época das navegações portuguesas ( séculos XV e XVI ) como "mal de Angola" pois era nas proximidades deste país que os sintomas da doença começavam a afetar as tripulações dos navios Lusos que buscavam cruzar o Cabo da Boa Esperança em direção à Índia.Como nnaquela época não se conhecia por completo a doença, achavam-se que os tripulantes eram infectados no país.

Prevenção

Para se prevenir do escorbuto é recomendável que se mantenha alimentação com frutas cítricas, verduras ou quaisquer outros alimentos ricos em vitamina C.

sábado, 23 de julho de 2011

6 Mitos Sobre Suplementação Alimentar

Suplemento alimentar


Os suplementos alimentares são preparações destinadas a complementar a dieta e fornecer nutrientes, como vitaminasmineraisfibras,ácidos graxos ou aminoácidos, que podem estar faltando ou não podem ser consumida em quantidade suficiente na dieta de uma pessoa.
Os suplementos alimentares para fisiculturismo são usados por praticantes de atividade física, mais comum em praticantes de musculação, proporciona nutrientes essenciais como proteínas, carboidratos, aminoácidos, vitaminas e etc.
A grande vantagem dos suplementos para fisiculturismo é a pouca quantidade de gordura presente neles.
Alguns suplementos protéicos
  • Albumina,
  • Whey Protein,
  • Caseína,
  • Proteína de soja,
  • Levedura de cerveja,
  • Creatina.

    Suplementação Desportiva

    O uso de suplementos cresce no mercado e milhares de pessoas buscam esse tipo de produto na esperança de mais saúde, beleza e rendimento. As promessas de resultados feitas pelos fabricantes geralmente não possuem qualquer respaldo científico ou são embasadas em pesquisas encomendadas.
    O uso de substâncias que melhorem o rendimento é uma prática antiga no meio esportivo, mas o que é um suplemento?
    Burke & Read classificam os suplementos em duas grandes categorias: os suplementos dietéticos e os auxiliadores ergogênicos. Os suplementos dietéticos são similares aos alimentos em relação aos nutrientes fornecidos, são produtos práticos para ingestão durante atividade, podem servir como auxiliares no aumento do consumo energético ou do aporte vitamínico-mineral. Entre eles estão: as bebidas esportivas (com CHO e eletrólitos), os suplementos com alto teor de CHO (como os geis de CHO), os multivitamínicos, vitamínicos, suplementos minerais, refeições líquidas e os suplementos à base de cálcio. Por eliminação, o restante das sustâncias ingeridas de forma suplementar a alimentação seria considerado auxiliador ergogênico. Os suplementos dietéticos não promovem aumento de desempenho. O resultado melhor na performance seria uma consequência da capacidade em atender uma demanda nutricional. Ou seja, o atleta não ficaria mais forte ou mais rápido devido ao suplemento, mas conseguiria manter-se em atividade mais tempo, por exemplo. Já o auxiliador ergogênico teria a capacidade de aumentar a performance, fornecendo substâncias que fisiologicamente não fariam parte da demanda nutricional. Outras classificações surgiram e alguns autores classificam todos os suplementos como sendo ergogênicos porque de uma forma ou de outra eles auxiliam na performance. Na verdade a grande diferenciação que se deve fazer é: existem substâncias que podem agir alterando processos metabólicos e genéticos diferentemente dos alimentos e existem produtos que simplesmente fornecem os nutrientes que normalmente viriam da alimentação de outra forma. É a linha que divide o que seria considerado suplementação nutricional do que se aproxima do doping. Dessa forma, quem consome suplementos e participa de eventos esportivos, deve estar atento para o conteúdo REAL do suplemento para não ingerir substâncias proibidas, fato que já ocorreu com atletas importantes, que foram condenados por doping e que depois provou-se que a substância provinha de produtos comercializados como “suplementos alimentares”.

    Utilidades para cada tipo de atividade

    A ausência de recomendações nutricionais para atletas dos mais diversos esportes facilita a difusão de conceitos infundados em relação à necessidade da suplementação. Normalmente o consumo de suplementos é fomentado pela ideia de que é necessário compensar uma dieta inadequada, para atender um suposto aumento nas necessidades diárias imposto pelo treinamento ou pela vontade de ter um efeito sobre a performance.
    Mas na verdade as carências nutricionais precisam de testes para ser identificadas. O aumento do consumo energético normalmente pode ser feito pela dieta e muitas vezes os conteúdos dos suplementos, como a proteína, já são abundantes na alimentação normal. E a noção de melhorar a performance a custa do suplemento quase sempre carece de evidência científica. Como alguns costumam dizer: existem dois tipos de suplementos para aumentar a performance, os que não funcionam e os que são proibidos.
    Os suplementos podem e devem ser utilizados em treinos ou competições quando:
    1. há uma dificuldade em ingerir as calorias suficientes para repor o que o atleta gasta durante o treino ou competição;
    2. deseja-se diminuir o bolo fecal para evitar evacuação durante a competição;
    3. pretende-se fazer uma supercompensação com CHO e não existe abundância de alimentos ricos em CHO ou as condições de higiene e preparo não são favoráveis;
    4. existe a necessidade de recuperação pós-esforço combinada com situações de falta de apetite;
    5. o indivíduo passa por uma situação temporária de restrição alimentar;
    6. competições e treinos longos que necessitam do consumo de CHO para serem mantidos em níveis de volume e intensidade aceitáveis.

      Segurança

      A abundância de produtos disponíveis e a falta de controle fazem com que seja difícil estudar a eficácia e até mesmo a segurança dos suplementos. Muito do que é divulgado não passa de propaganda. Existe uma indústria milionária apoiando a venda dos produtos enquanto que a verba investida em pesquisa séria sobre os produtos é irrisória.

      Suplementos mais conhecidos

      Cafeína: como a cafeína tem ação lipolítica, supôs-se que a suplementação auxiliaria na lipólise e pouparia glicogênio muscular. Mas os resultados foram contraditórios e apesar de ser também um forte estimulante, a cafeína é um diurético, aumentando a perda líquida em atividade, um fator indesejável. A quantidade de cafeína para ter um efeito significativo como estimulante é muito grande e seria considerada doping. Além disso, o consumo cotidiano de cafeína interfere na sua sensibilidade – pessoas que nunca consomem café são mais sensíveis aos seus efeitos. Essa variação pessoal seria mais um complicador caso se faça uma prescrição individual de uso.
      • Carnitina: atua como transportadora de lipídios intracelulares e pensou-se que o uso poderia facilitar a utilização de AGL circulantes. Mas os estudos mostraram que esse tipo de suplementação não traz melhorias ao rendimento e que na verdade o que pode acelerar o processo é uma aceleração do funcionamento enzimático intracelular, o que só ocorre com o treinamento. Mesmo assim, a carnitina é vendida mundialmente sob o pretexto de ser um “queimador de gordura”.
      • Aminoácidos isolados: o consumo de aminoácidos isolados como suplemento iniciou com a suplementação de pessoas doentes e os defensores desta prática para atletas alegam que poderiam estimular a secreção de hormônio do crescimento (GH), mas isso não foi provado. Existem indicações de que estes aminoácidos poderiam influenciar a absorção de outros aminoácidos, causar falha renal e lesões teciduais. A suplementação por longos períodos com aminoácidos não tem qualquer benefício comprovado sobre o rendimento, podendo ainda induzir um quadro de resistência periférica à insulina. Não há, portanto evidências apontando o uso de aminoácidos como sendo benéfico para o atleta ou para o seu rendimento.
      • BCAA (Branched-chain amino acids): aminoácidos de cadeia ramificada, valina, leucina e isoleucina. A maior quantidade de estudos com BCAA deve-se ao quadro da fadiga central. As estratégias para utilização do BCAA em relação à fadiga central procuram estabelecer que sua suplementação realmente atrase o início da fadiga.
        Atualmente existem três manobras nutricionais para evitar a fadiga central:
        a) suplementação de CHO durante o exercício, o que diminuiria o uso de BCAA, e consequentemente sua queda no sangue;
        b) suplementação com BCAA para manter seus níveis no sangue;
        c) uma mistura de BCAA e CHO durante o exercício.

        O poder anabólico e anticatabólico dos BCAA também vêm sendo estudado. O consumo de BCAA estimularia a liberação de hormônios anabólicos como o GH, insulina e testosterona.

        Vários estudos já mostraram que altas doses de BCAA podem afetar negativamente o rendimento, reduzindo a absorção de água, causando distúrbios gastrintestinais e aumentando a produção de amônia.
      • Beta-hidroxi metil butirato: quando associado ao treino de força parece induzir aumentos na massa magra e na força, no entanto a quantidade dos estudos e as populações estudadas não permitem fazer qualquer tipo de prescrição confiável.
      • Glutamina: é o aminoácido mais comum em nosso plasma e é muito queimado em exercício. Este aminoácido é fonte energética para as células do sistema imunológico e as quedas da glutamina baixam a resistência contra infecções oportunistas, um dos motivos para gripes e resfriados próximos à competições ou treinos fortes. A glutamina não pode ser suplementada eficientemente porque as células intestinais são altas consumidoras de glutamina e não permitem que ela passe para o sangue.

        Além do efeito sobre o sistema imunológico, a glutamina poderia ter um efeito anabolizante e de estimular a síntese de glicogênio. Formas associadas do aminoácido e outras alternativas estão sendo estudadas e existe alguma indicação de que mesmo com a questão da absorção abdominal prejudicada, o fato de suplementar poderia poupar glutamina endógena.
      • Creatina: a capacidade máxima do sistema anaeróbico em produzir energia é regulada pela degradação do fosfato de creatina e dura em média 10 segundos. A concentração de fosfato de creatina intramuscular é importante para a realização de exercício anaeróbico, intermitente ou de apenas um esforço único que dure no máximo 30 segundos.

        A creatina que usamos pode ser fornecida diretamente pela alimentação (carnes) ou ser produzida de forma endógena pelo fígado, rins e pâncreas a partir dos aminoácidos glicina, arginina e metionina.

        Os efeitos da creatina suplementada são mais bem percebidos em:
        - testes de sprint na natação
        - produção de força máxima em cicloergômetro;
        - tiros de até 700 metros em corrida;
        - velocidade final em tiros de 60 m em corrida;
        - tempo até a exaustão em testes de alta intensidade em bicicleta;
        - capacidade de força e na composição corporal de levantadores de peso;
        - performance em saltos.

        O uso da creatina deve obedecer a uma estratégia porque ela é transportada para o interior celular por proteínas que, quando expostas por longos períodos a grandes doses de creatina, perdem sua sensibilidade. Portanto, o consumo regular de creatina não surte qualquer efeito. O período em que a creatina intramuscular fica elevado é de 4-6 semanas.

        A creatina é mais bem absorvida quando ingerida junto com CHO em líquidos mornos. Até o momento não se conhece nenhum prejuízo à saúde devido à suplementação com creatina como na estratégia proposta. O uso crônico não foi avaliado.

        Atletas de atividades mais longas do que 5 minutos parecem não ter qualquer benefício com a creatina, podendo apresentar ligeiro ganho de peso, o que normalmente é indesejável em várias modalidades.

Vitamina B4

Importante na composição de nosso DNA e RNA e participação na respiração celular - na forma de adenosina trifosfato (ATP), dinucleotídeo nicotinamida-adenina (NAD) e dinucleotídeo flavina-adenina (FAD), é também fundamental para a formação de hormônios e outras substâncias que regulam o sistema nervoso, além de reduzir os efeitos tóxicos de alguns antibióticos.
Se ausente ou em quantidade insuficiente, pode provocar doenças no sistema nervoso, fraqueza muscular, doenças degenerativas da córnea.